Amarildo fala sobre atraso e retomada de obras na cidade 2i4m73

A cobrança pela retomada e conclusão de obras na cidade chega à Gazeta de Vargem Grande quase que diariamente. Para que a população saiba o motivo dos atrasos e como está o andamento de diversas obras e serviços realizados pela cidade, a reportagem entrevistou o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) na tarde desta sexta-feira, dia 26.
Entre as causas apontadas estão desde as medidas burocráticas necessárias para a execução de uma obra pública, até rescisões de contratos por parte de empresas, por parte da prefeitura, reajustes contratuais e até mesmo a pandemia da Covid-19, que faz com que órgãos do governo trabalhem com quadro de pessoal reduzido e atrasa a análise de solicitações e estudos necessários para a continuidade de algumas construções.
Questionado sobre as duas creches com obras paradas na cidade, uma no Jardim Paraíso II e outra no Jardim Ferri, o prefeito explicou que são duas ações do Estado e a demora no ree de verbas por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) fez com que as duas construções fossem paralisadas.
As empresas contratadas ficaram mais de um ano sem receber o dinheiro pelo governo do Estado e quando essa situação foi resolvida, a construtora responsável pela obra no Jardim Paraíso II procurou a prefeitura para fazer uma rescisão amigável do contrato, uma vez que não tinha mais condições de tocar essa obra, que se encontra em 40% de execução. Agora, o Executivo está finalizando os trâmites necessários junto ao Estado para licitar novamente esta obra.
Já a empresa responsável pela construção da creche do Jardim Ferri, que está com 70% de execução, pediu reajuste de valores de contrato para poder finalizar a unidade. Esta solicitação já foi enviada pela prefeitura ao pessoal da FDE há seis meses e ainda aguarda o posicionamento do órgão para a continuidade.

PPA e Clube Vargengrandense
Sobre o andamento das obras do Posto de Pronto Atendimento (PPA) Alfeu Rodrigues do Patrocínio, Amarildo explicou que o aumento dos materiais de construção nos últimos meses – somente o aço teve um aumento de 100% – levou a construtora responsável pela execução da cobertura com estrutura metálica da unidade a solicitar o reajuste de 45% no valor do contrato. Pela lei, este tipo de aumento é limitado a 25% do total. Como não houve acordo, será feito a rescisão do contrato e em seguida, uma nova licitação.
Este é o mesmo caso do Clube Vargengrandense, que também está com a parte da sua cobertura parada pelo mesmo motivo. No entanto, já foi licitada uma nova empresa para o serviço e as obras em outras partes do clube prosseguem.

Pavimentação
Vários endereços da cidade seriam recapeados neste ano. Por exemplo, algumas ruas do Jardim Fortaleza, que serão executadas com um recurso de R$ 500 mil obtidos pelo então deputado federal Silvinho Torres. Algumas vias próximas ao almoxarifado municipal, inclusive já foram pavimentadas com parte desses recursos. No entanto, a prefeitura ainda aguarda a liberação de mais parcelas desse montante pelo Governo Federal para dar continuidade à pavimentação das ruas do bairro.
Anunciadas pela prefeitura no ano ado, a pavimentação de ruas do Jardim Primavera já foi licitada, mas não teve início, também pela demora na liberação de recursos. Dessa vez, a verba viria do governo do Estado. De acordo com Amarildo, o governo não tem liberado com facilidade recursos que não sejam para serem usados em Saúde.

Av. Hermeti Piochi
Teve início nesta semana a reparação da base de asfalto da avenida Hermeti Piochi de Oliveira, ao lado do córrego Sant’Ana. A intervenção no local ficou parada por muito tempo, mas nos últimos dias, a construtora contratada para o serviço retomou as atividades.
A obra teve início em setembro de 2020 e tem como objetivo otimizar a captação de esgoto daquela região, com a construção de 14 poços de visita (PV). O investimento para a obra é de R$ 113.725.13, e o recurso é de um convênio com o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).

Abastecimento
A licitação para a construção da nova rede de abastecimento de água na Vila Santana foi finalizada no valor de R$ 1,1 milhão. No entanto, Amarildo afirmou que a empresa já pediu um ajuste de R$ 500 mil por conta do aumento do material de construção. O assunto agora está no jurídico da prefeitura para analisar o caso.
Além disso, a prefeitura está elaborando o edital de licitação para a construção de novas adutoras e reservatórios, que deve ficar em R$ 4 milhões.